C/2013 C2 Tenagra

Trata-se da 4ª descoberta cometária envolvendo o matemático brasileiro Paulo Holvorcem junto com o colaborador M. Schwartz. Este cometa foi descoberto em 14 de fevereiro de 2013 através do telescópio de 0,41 metros do Observatório Tenagra II. Segundo as regras de nomenclaturas adotadas pelo CBAT, o cometa recebeu a designação Tenagra. O cometa se encontrava na 19a magnitude desde que foi descoberto, porém em 22 de fevereiro de 2015 ele passa da 19a para a 16a magnitude, sendo visível através de telescópios munidos com câmeras CCD. No entanto, o cometa também foi observado visualmente por Marco Goiato no dia 27 de fevereiro de 2015, avaliando seu brilho na 14a magnitude. Na segunda semana de março, o mesmo observador avalia o brilho do cometa na 12a magnitude. Holvorcem informou mais acerca desta descoberta:

O C/2013 C2 foi encontrado em 14/fev/2013 perto de sua oposição, cerca de 24 graus ao sul da eclíptica, e, assim como no caso do C/2013 D1, também chamou a atenção pelo seu movimento não usual, muito lento (0,063 graus/dia em direção ao oeste), umas 4 vezes mais lento que um asteróide usual. Com meia hora de exposição total com o telescópio de 81 cm do Tenagra, em 15/fev, o aspecto cometário ficou claro conforme esta imagem.

Desde o início foi possível ver que era um objeto distante, além de Júpiter, mas até dia 20/fev (60 observações ao longo de 6 dias), a órbita ainda está bastante incerta. O MPC publicou uma órbita de excentricidade moderada, como a de um centauro com periélio próximo da distância de Saturno e afélio um pouco aquém de Urano (MPEC 2013-D22).

Alguém postou no Twitter que este objeto seria "um novo centauro ativo", como 95P/Chiron, e isto pode ser correto, mas a órbita ainda precisa ser melhor determinada. Com todas as observações até agora, rejeitando algumas, a órbita elíptica que melhor se ajustou foi esta, com periélio também próximo da distância de Saturno e afélio um pouco além de Urano (com uma variação de dois anos na data do periélio em relação à órbita anterior).

Ou seja, vamos precisar de mais observações ao longo das próximas semanas pelo menos, para que a órbita fique mais clara.