INFORMAÇÕES RECENTES
Para observar o cometa ao anoitecer, procure um local escuro e seguro, com horizonte OESTE livre de obstáculos (montes, edifícios, etc...)
Mirror-site:
http://costeira1.astrodatabase.net/cometa/06p1.htm (sábado e domingo)
http://reabrasil.org/cometa/06p1.htm (segunda a sexta-feira)
28 de janeiro:
O Cometa observado ao amanhecer em Florianópolis por Alexandre Amorim, entre 05:50 e 06:10 HBV. Por uma breve momento foi deiscernível a olho nu, apesar de estar apenas 5 graus acima do horizonte. No entanto é imprescindível o uso de binóculos para detectá-lo melhor. Pelo binóculo 7x50 a magnitude estimada foi de 0.8 (com correção de extinção atmosférica).
Curva de luz contendo as observações feitas no Brasil: A curva azul mostra o comportamento do brilho com base nos valores calculados de Ho e n.
m1 = 4.8 + 5 log D + 12.4 log r
27 de janeiro:
O Cometa foi novamente observado ao amanhecer em Florianópolis por Alexandre Amorim, entre 05:50 e 05:55 HBV. O cometa estava a uma altura de 3.6 graus e, utilizando as estrelas Zeta e Phi Sgr como referências e aplicando as correções de extinção, a magnitude foi estimada em torno de 0.5 . Nuvens localizadas acima de 5 graus de altura não permitiram a continuação das observações.
26 de janeiro:
O Cometa é observado ao amanhecer em Florianópolis por Alexandre Amorim, entre 05:50 e 06:10 HBV. A magnitude foi estimada em torno de 2.0 porém isto se deve a baixa altura do cometa (4 graus) bem como as estrelas disponíveis para comparação (Alfa e Eta Indi). Tais estrelas possuem magnitudes 3.1 e 4.5, mas eram as únicas disponíveis para o uso, pois boa parte do céu estava encoberto, dificultando o uso de outras estrelas de comparação. Devido a claridade do fundo do céu, não foi possível detectá-lo a olho nu, porém foi observado através de binóculos 7x50 e 20x80. Mesmo em tais condições difíceis, foi possivel discernir cerca de 0.3 graus da cauda através do binóculo 20x80.
Veja imagens de observadores brasileiros no site da SkyTonight (Sky&Telescope).
25 de janeiro:
Segunda tentativa de observar o cometa ao amanhecer em Florianópolis, entre 05:40 e 06:40 HBV, sem sucesso. Nuvens atrapalharam a observação. Apesar disto, a estrela Alfa do Pavão (mV = 1.94) foi observada através de 20x80B até o nascer do Sol.
24 de janeiro:
Primeira tentativa de observar o cometa ao amanhecer em Florianópolis, entre 06:10 e 06:20 HBV, sem sucesso, apesar do céu em boas condições. O cometa foi observado em Florianópolis ao anoitecer, sob condições ruins em virtude de nuvens cirrus na região SSW. A estimativa de brilho ficou em 0.6 (com correção). Guilherme Aguiar observou em Campinas/SP e estimou em magnitude 0.9 a olho nu. Apesar das nuvens cirrus, uma cauda de cerca de 1,5 grau foi observada pelo 7x50B. Em Araçatuba/SP Marco Goiato estimou o cometa em magnitude 2, porém sem correção atmosférica.
23 de janeiro:
O cometa está localizado em azimute ~ 210. E é exatamente nesta posição que surgem as nuvens sobre o Morro do Cambirela, e com vento nordeste, intensifica-se a condensação. Amorim observou o cometa brevemente entre as nuvens no bairro de Saco Grande, entre 20:40 e 21:00. O astro foi estimado em magnitude +0.9 . Em Campinas/SP, Guilherme Aguiar observou o cometa e estimou entre +0.9 e +1.2 e cauda de no mínimo 5 graus de extensão. Antônio Martini Jr observou em Botucatu/SP, porém não enviou estimativas de brilho. Sergio Mendonça Jr tomou novas imagens do cometa, entre elas:
Percebe-se o que parece ser um jato em PA~100 enquanto que a cauda principal está em PA~160.
Tal formação também foi capturada pelos observadores Russel Cockman nos dias 22 e 23, Erni Bock (RS) no dia 21 e Sandro Ebone no dia 21.
Outra foto de Mendonça Jr neste dia 23, com a Lua já "explodindo" na foto.
Elton Saheki, de Pilar do Sul/SP, também observou o cometa e enviou esta bela imagem (note a tal formação em PA~100).
22 de janeiro:
Segue o céu nublado em Florianópolis. Veja os registros visuais feitos no Brasil.
O Cometa McNaught voltará daqui a 100 mil anos? Esta é a informação que tem circulado em algumas fontes. No entanto, analisando os elementos orbitais recentes disponíveis no site ICQ/IAU notamos que o valor da excentricidade da órbita deste cometa é e = 1.000021. Para que um cometa possua um período de retorno ao seu periélio, é necessário que ela tenha uma órbita elíptica (e<1). Vemos que a excentricidade do Cometa McNaught, segundo os elementos orbitais mais recentes (22/01/2007), é SUPERIOR a 1, de modo que sua órbita é HIPERBÓLICA.
O site do Observatório Nacional define "Excentricidade Orbital" como: "É uma medida de como uma órbita se desvia de ser circular. Uma órbita perfeitamente circular tem uma excentricidade zero. Números maiores que zero indicam órbitas elípticas, parabólicas e hiperbólicas. Uma excentricidade entre 0 e 1 representa uma órbita elíptica. Uma órbita parabólica tem uma excentricidade igual a 1. Uma órbita hiperbólica tem uma excentricidade maior do que 1."
21 de janeiro:
Novamente o céu nublado em Florianópolis impediu as observações. Ronaldo Pedrão organizou uma página especial sobre imagens e outras informações sobre o Cometa McNaught.
Imagens tomadas no Rio Grande do Sul (inclui as fotos de Sandro Ebone e Fábio Dornelles que foram exibidas no programa Fantástico, Rede Globo, em 21/01/2007). Segue relatório de Sandro Ebone:
"A chegada da noite neste domingo 21 de janeiro foi realmente "das boas". Logo antes do pôr do Sol chegamos ao local, um ponto elevado com
visão muito ampla do horizonte, em Portão, RS. Estiveram presentes Claudio Heckler, Sandro Ebone, Henry Jung e esposa, João Carlos Ebone e "futura" esposa. As condições de céu estavam generosas. O cometa McNaught, embora não estivesse mais com o brilho dos dias anteriores, ainda mantinha ótima visibilidade da sua escandalosa cauda. A olho nu era possível ver uma cauda que se estendia por cerca de 15
graus, iniciando estreita e em ângulo para a esquerda, para em seguida se abrir em uma longa curva para a direita. A partir de uns 5 graus a cauda começava a apresentar frações estiradas perceptíveis mesmo a olho nu. Observando de binóculo nestas porções estiradas era possível perceber claramente os "vãos" entre cada uma, onde nestes se tinham espaços escuros e permeados de estrelas, e nas partes luminosas as estrelas eram ofuscadas levemente e confundiam com o brilho da cauda. Era notório que a cauda no intervalo dos 5 a 10 graus além do núcleo se mostrava significativamente mais contrastada no céu do que a Grande Nuvem de Magalhães, mesmo estando essa (a GNM) em excelente altura, praticamente no meridiano, enquanto que a cauda do cometa estava próxima ao horizonte e levemente infectada por poluição luminosa. A observação finalizou após as 22h. Algumas fotos desta noite podem ser vistas na página http://sandro.ebone.com.br/cometas.htm "
20 de janeiro:
Willian Souza (São Paulo) observou visualmente o cometa, mesmo a 1-2 graus de altura, e estimou a magnitude em -1.5 . O cometa segue mais brilhante que as mais recentes efemérides. Isto é um bom sinal - significa que o período de visibilidade se extende.
Céu nublado e chuvoso em Florianópolis impediu as observações. Veja comparações entre o Cometa McNaught (2007) com o Cometa de Cheseaux (1744). Bruno Lima Lobo (de Brumado/BA) não conseguiu observar a coma do Cometa McNaught, mas nos relata o seguinte:
"[Dia 20/01/07], às 20h30, horário de Brasília, vi apenas as caudas múltiplas do cometa, abarcando uma ampla área do céu. Contei pelo menos seis filamentos distintos. O primeio, da esquerda para a direita, tinha ângulo (PA) de 120, terminando em Alnair, Alpha Grus. Seu comprimento era de 17 graus. Esta era a menor das caudas, embora eu não tenha medido as outras. A terceira cauda era a mais distinta. O comprimento das caudas era crescente, sendo a sexta a maior. Posso afirmar que houve cauda (a quarta) que alcançou 30 graus de comprimento, pois alcançava Piscis Australis.
A luminosidade das caudas realmente impressiona, sendo facilmente perceptível por outras pessoas, como meus dois irmãos que estavam comigo. No momento telefonei para um amigo em Eunápolis (a 60 km de Porto Seguro), que me relatava estar vendo o mesmo cenário.
É uma pena que o cometa ainda está baixa demais para ser visto desta localidade, mas talvez os dados aqui apresentados terão utilidade."
Em São Luiz do Purunã, Paraná, Sérgio Mendonça Jr, Sandro Colleti e seus colegas obtiveram excelentes imagens do cometa, agraciados com um local apropriado para visualizar todos os detalhes que um grande cometa tem a mostrar. Mendonça Jr enviou algumas fotos para a Seção de Cometas/REA e elas serão publicadas mais tarde. Por ora, vejam algumas fotos disponíveis no site de Colleti.
Tasso Napoleão também observou o cometa nas noites de 18 e 20 de janeiro e nos relata: "A visão do cometa - especialmente no dia 18, visto a apenas 6 graus de altura sobre o horizonte marinho (a enseada da cidade de Boiçucanga, aonde eu estava, se orienta para OESTE, (dessa forma nessa cidade um programa muito comum é ir observar o pôr do Sol na praia) foi realmente fantástica. Núcleo mais brilhante que se esperava e especialmente uma cauda (cerca de 6 graus) muito brilhante, surpreendentemente destacada contra o fundo púrpura do céu. Já no dia 20 foi possível observá-lo um pouco mais alto sobre o horizonte (cerca de 10 graus), mas minha minha clara impressão foi de que ele já havia perdido quase uma magnitude nesses dois dias desde a observação anterior. Em ambos os casos, havia espessas faixas de nuvens baixas nas proximidades das regiões onde o cometa se encontrava, impedindo uma observação por um período prolongado de forma contínua, porém nos espaços entre elas o céu se encontrava muito transparente, permitindo perfeitamente as estimativas de magnitude por comparação com Vênus, Fomalhaut e Al Nair (alfa Gruis)."
Segue a trajetória válida até o final de janeiro (ANOITECER):
Segue a trajetória válida durante o AMANHECER, após o dia 22 de janeiro:
Efemérides obtidas(http://cfa-www.harvard.edu/iau/Ephemerides/Comets/2006P1.html)Carta de busca: 19 de janeiro a 18 de fevereiro de 2007