252P/LINEAR

Elementos orbitais (
MPC 99273
)
Periélio :  2016 Mar. 15.2740 TT
Distância do periélio (q) : 0.996074 UA
Excentricidade        (e) : 0.673458
Longitude do periélio (w) : 343.3172º
Longitude do Nodo Asc (W) : 190.9520º
Inclinação            (i) :  10.4231º
Período               (P) :  5.33 anos
Ho = 17.5   n = 4

Este cometa foi descoberto em 7 de abril de 2000 pela equipe do Projeto LINEAR, usando um telescópio de 1m f/2,15 + CCD, sendo nomeado como C/2000 G1 e depois P/2000 G1. Na ocasião seu brilho foi medido na 18ª magnitude. Seus elementos orbitais foram significativamente alterados após uma aproximação de 0,15 ua com o planeta Júpiter em fevereiro de 1987. Sua atual órbita favorece a observação no hemisfério sul. O cometa foi redescoberto por J. V. Scotti em 9 de junho de 2011 e foi catalogado definitivamente como 252P/LINEAR.
No que se refere a observação visual do cometa propriamente dito, admitindo que seu aspecto fosse quase asteroidal, ele iniciaria sua visibilidade logo ao anoitecer em 9 de março, brilhando na 12ª magnitude e situado na constelação de Pintor. Porém em 7 de março Marco Goiato observa o astro e estima seu brilho em magnitude  10,8 e coma de 3 minutos de arco e grau de condensação 2. Após a segunda semana de março o astro esteve muito mais brilhante do que previam as efemérides iniciais, tendo o brilho total avaliado na 7ª magnitude, visível por meio de binóculos em céus extremamente escuros, uma vez que a dimensão aparente da coma está em torno de 15 minutos de arco. Na madrugada do dia 19 de março Marco Goiato (Araçatuba/SP) detectou o cometa a olho nu, tomando o cuidado de visualizar após o ocaso da Lua em local bem escuro (Veja Informativo Observacional nº 04/2016). Willian Souza acrescentou: "apesar de ser um objeto relativamente brilhante e enorme o cometa possui baixo brilho superficial (a foto feita em 16 de março mostra bem isso), sua observação em locais com poluição luminosa e com interferência da Lua faz com que sua visualização seja um verdadeiro desafio".
Portanto o leitor deve ter cautela quando encontra informações generalizadas sobre as condições de visibilidade desse cometa.  Não podemos assegurar ainda se tal comportamento de brilho é normal combinando sua aproximação com a Terra ou se é resultado de algum outburst. O comportamento da curva de luz até 10 de abril de 2016 sugere que o astro ainda deve ser visível por meio de binóculos até o fim do mês de abril.

Entre os dias 10 e 15 de março ele atravessou toda a constelação de Pintor. Seu periélio ocorreu no dia 15 de março às 06:39 TU, situado a 0,996 ua do Sol (149,4 milhões de km). Em 16 de março o cometa transitou a parte leste da Grande Nuvem de Magalhães. No período de 17 a 21 de março o cometa se torna um objeto circumpolar para os observadores no sul do Brasil. Sua máxima aproximação com a Terra ocorreu no dia 21 de março, às 12:29 TU, quando passou cerca de 0,036 ua de nosso planeta (cerca de 5,36 milhões de km). Infelizmente neste momento era dia no Brasil, de modo que sua melhor visibilidade se deu na madrugada do dia 21 de março quando o astro situou-se na constelação da Ave do Paraíso e seu brilho foi avaliado em 4,2 por Marco Goiato a olho nu. Era recomendável o observador preparar cartas de localização específica para este cometa em virtude de sua grande aproximação com a Terra, incluindo os efeitos da paralaxe. Após a grande aproximação o cometa é melhor visível durante a madrugada, atravessou a constelação de Altar em 22 a 24 de março e avaliado na 5ª magnitude. Em 25 de março o astro ingressou na parte oriental da constelação de Escorpião. Durante o mês de maio ele permanece na constelação de Ofiúco, porém fracamente visível.
Em 4 de abril de 2016 imagens obtidas pelo Telescópio Espacial Hubble evidenciaram a rotação do núcleo desse cometa.
Suspeitou-se que uma fraca atividade meteórica associada a esse cometa ocorresse entre 28 e 30 de março cujo radiante situava-se próximo à estrela mu Leporis. No Brasil, A. Amorim fez vigília nas noites de 26, 27, 28, 29 e 31 de março e 1º de abril, mas não contabilizou nenhum meteoro associado a esse radiante.

Atualizado em 15 de maio de 2016.

Um resumo das observações desse cometa feitas no Brasil foi publicado no Anuário Astronômico Catarinense 2017.

Mapa de busca: Acesse Boletim Observe! Maio de 2016

 
Fonte consultada:
AMORIM, Alexandre. Anuário astronômico catarinense 2016. Florianópolis: Edição do Autor, 2016.


Efemérides: http://cgi.minorplanetcenter.net/cgi-bin/returnprepeph.cgi?d=c&o=0252P
A curva foi obtida por meio da fórmula

m1 = 17.5 + 5 log D + 10 log r (MPC)

©2007 Yoshida - soft Comet for Win

Órbita: o diagrama abaixo mostra a órbita e as posições do cometa e da Terra por ocasião do periélio. (©2002 JCRuig - soft Orbitas)


    Como reportar suas observações!

    As observações deverão ser preenchidas na seguinte ordem:

    Nome do cometa
    Data e hora TU
    magnitude da coma (m1)
    método usado na estimativa
    carta celeste usada (ou fonte de magnitudes)
    caracteristicas do instrumento, aumento
    diâmetro da coma (em minutos de arco)
    grau de condensação da coma
    tamanho da cauda (em graus)
    Angulo de posição da cauda
 
    Observadores que desejarem enviar no formato ICQ poderão assim o fazer.
    As observações devem ser enviadas para costeira1@yahoo.com

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