C/2019 U6 Lemmon
Elementos orbitais
MPEC 2020-AA5
Época
Periélio

Distância do periélio (q)

Excentricidade        (e)

Longitude do periélio (w)

Longitude do Nodo Asc (W)

Inclinação            (i)
2020 Mai 31,0
2020 Jun 18,8229
0,
914255 ua
0,
997889
329,6603°
235,7059°
 61,0016°
Atualizado em 31 ago 2020

Segundo o Minor Planet Center (MPC-IAU), esse objeto foi descoberto em 31 de outubro de 2019 pelos observadores R. A. Kowalski e T. A. Pruyne (Mount Lemmon Survey) porém com aspecto asteroidal de magnitude 20,5. Inicialmente foi catalogado como A/2019 U6. No entanto, já a partir de dezembro de 2019 diversos observadores identificaram características cometárias, seja pela presença de uma coma bem como de uma pequena cauda desse objeto. No Brasil esse astro foi observado por Marco Goiato (Araçatuba/SP) nos dias 30 de março e 19 de abril quando o seu brilho foi estimado nas magnitudes 11,5 e 10,3 respectivamente.
Com a publicação da MPEC 2020-F136 o astro recebeu a designação de cometa. Usando os elementos orbitais publicados na MPEC 2020-H67 e parâmetros fotométricos calculados inicialmente por Seiichi Yoshida (H0 = 6,5 e n = 8) resumimos sua aparição:
Na última semana de abril de 2020 o cometa foi visível ao anoitecer como um astro de 10ª magnitude situado nas proximidades da estrela epsilon Leporis (magnitude 3,7). Nos dias 27 e 28 de abril o cometa esteve em conjunção com essa estrela, dificultando sua observação.
Durante a primeira quinzena de maio o cometa atravessou a constelação de Lebre e seu brilho passou da 10ª para a 7ª magnitude, mantendo sua visibilidade logo após o pôr-do-sol. Na terceira semana de maio de ele ingressou na constelação de Cão Maior, permanecendo nessa constelação até o dia 4 de junho. Durante esse intervalo seu brilho passou da 7ª para a 6ª magnitude. Em 27 de maio ele passou apenas 0,5° ao norte do aglomerado aberto M41.
Em 5 de junho ele ingressou na parte norte da constelação de Popa e seu brilho foi avaliado na 6ª magnitude.
A partir de 14 de junho ele manteve sua visibilidade durante a primeira metade da noite quando ingressou na constelação de Hidra. Durante a segunda quinzena de junho ele deveria atingir o máximo brilho previsto de magnitude 5,5, porém a maioria das observações visuais feitas no Brasil indicaram que ele não foi mais brilhante do que a 6ª magnitude. Em 18 de junho ele passou pelo periélio distando 0,91 ua do Sol (~136 milhões de km). Nessa ocasião ele se situou quase 3° à nordeste da estrela 12 Hydrae. Em 22 de junho esteve em conjunção com a estrela Alphard (alpha Hya).
Como vemos na curva de luz mais abaixo, após a passagem periélica o cometa perdeu um pouco do seu brilho.
Entre 25 de junho e 3 de julho o cometa atravessou a constelação de Sextante. Em 28 de junho ele passou mais perto da Terra, a 0,827 ua (~124 milhões de km). Nesse dia ele se situou a 3,5° ao sul da estrela alpha Sextantis e seu brilho se aproximou da 7ª magnitude.
De 4 a 10 de julho ele atravessou a parte sudeste da constelação de Leão, nas proximidades da estrela sigma Leonis.
Em 11 de julho ele ingressou na constelação de Virgem, próximo às estrelas nu e omicron Virginis, enquanto seu brilho ainda se situava entre a 7ª e 8ª magnitude. Nos dias 19 e 20 de julho o cometa esteve em conjunção com a galáxia M87 (galáxia referente à imagem radiotelescópica do buraco negro em 2019).
Entre 22 de julho e 2 de agosto o cometa atravessou a parte sul da constelação da Cabeleira de Berenice enquanto seu brlho diminuiu para a 9ª magnitude. Em 28 de julho ele se situou 1,5° ao sul da estrela alpha Comae Berenices.
Durante a primeira quinzena de agosto o cometa ingressou na constelação de Boieiro, porém seu brilho diminuiu da 9ª para a 10ª magnitude. Em 2 de agosto esteve apenas 1 graus à sudeste do Cometa C/2017 T2 Pan-STARRS. Em 7 de agosto tivemos três cometas numa área de 10 graus no limite das constelações de Cabeleira de Berenice e Boieiro: C/2019 U6, C/2017 T2 Pan-STARRS e C/2020 F3 NEOWISE. Em 13 de agosto ele se situou 1,2° ao norte de Arcturus.

Até o momento já foram realizadas 18 imagens e 223 observações feitas no Brasil. A REA-UBA é a associação com o maior número de registros visuais desse astro conforme o COBS.

Segundo nossa Base de Dados esse é o 6º cometa com maior número de registros visuais.

As curvas abaixo foram obtidas por meio das fórmulas

m1 = 7 + 5 log D + 20 log r
(t + 10d) (Yoshida)

m1 = 10 + 5 log
D
+ 10 log r (MPC)

©2007 Yoshida - soft Comet for Win

Órbita: o diagrama abaixo mostra a órbita e as posições do cometa e da Terra na data do periélio. (©2002 JCRuig - soft Orbitas)

Como reportar suas observações!

    As observações deverão ser preenchidas na seguinte ordem:

    Nome do cometa
    Data e hora TU
    magnitude da coma (m1)
    método usado na estimativa
    carta celeste usada (ou fonte de magnitudes)
    caracteristicas do instrumento, aumento
    diâmetro da coma (em minutos de arco)
    grau de condensação da coma
    tamanho da cauda (em graus)
    Angulo de posição da cauda
 
    Observadores que desejarem enviar no formato ICQ poderão assim o fazer.
    As observações devem ser enviadas para costeira1@yahoo.com

    As informações desta página, salvo outra indicação, são ©2020 Costeira1 (Cometas/REA e Cometas/UBA)

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