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1. Utilizando os discos de projeção do abade-astrônomo T. Moreaux, de 100mm de diâmetro, em número de 8 (de 0 a 7), o observador do Sol tem condições de dar às suas observações uma precisão mais aprimorada no posicionamento e na avaliação das dimensões que certas manchas, não raro de grande porte (tipo E e F) frequentemente existentes, principalmente na epoca do "máximo", no astro do dia. Para tanto, deverá reproduzir os discos, fixá-los sobre cartolina, metal ou outro material durável, uma vez que seu manuseio será constante, embora variável, durante o ano. A fim de obter posição correta do MC (meridiano central) do Sol na data de observação, precisará construir um suporte adequado, uma "janela" com diâmetro aproximadamente igual ao dos discos, provido de uma escala em semi-círculo, onde o ângulo de inclinação do eixo solar poderá ser lido, de 0 a 26 (- ou "menos" para o LESTE; + ou "mais" para o OESTE). Justaposto, sem muito jogo, a fim de não sofrer deslocamento imprevisto uma vez obtida inclinação necessária, daí recomendar-se a utilização de suporte circular, o disco correspondente à coordenada P do dia da observação, bastará ser fixado na prancheta de observação. Feito isso, o observador deverá projetar a imagem do Sol de maneira que esta coincida com as dimensões do disco de Moreux. A deslocação natural da imagem solar indicará a direção LESTE- OESTE. Caberá ao observador a manutenção dessa imagem a fim de permitir seu posicionamento e a obtenção de suas dimensões reais, estas últimas facilmente deduzidas em decorrência da dimensão do próprio disco. A tabela de coeficientes especialmente indicada para este tipo de disco, possibilitará o cálculo dessas dimensões. Verificará o observador, à medida que for adquirindo prática, que seu pequeno refrator ou refletor, constitui um poderoso meio de avaliação de fenômenos que embora ocorrendo a cerca de 150 milhões de km de distância, manifestam uma grandiosidade insuspeitada. Seguro, eficiente e sobretudo sem riscos da observação direta, que só poderá ser empreendida se houver disponibilidade de filtros adequados e recomendados, o método de projeção propicia ao amador verdadeiramente desejoso de dar uma utilização válida ao seu instrumento a oportunidade de conhecer de perto alguns dos aspectos do comportamento do Sol.
2. Jogo de gabaritos solares (tipo Stonyhurst), de 180mm de diâmetro, utilizado pela SOLAR SECTION DA ALPO-EUA. Outros diâmetros da ordem de 100, 150 ou 250mm (caso do SIDC-SUNSPOT INDEX DATA CENTER') que dá continuidade aos longos períodos de observação levados a efeito pelo Observatório Federal de Zurique e atualmente no Observatório Real da Bélgica são igualmente utilizados. Evidentemente, tais diâmetros são função e estão relacionados com a abertura óptica utilizada na projeção. Nos casos de pequenos refratores da ordem de 60mm, recomenda-se empregar os discos de 100mm. Aparentemente idênticos entre si, cada gabarito apresenta uma diferença. Para empregar o gabarito correto e correspondente à época da observação, utiliza-se o que estiver indicado (de 0 a 7) correspondente ao valor B0 do dia da observação, colocando corretamente (para cima ou para baixo, o signo (-) "menos", ou (+) "mais", que vai se alternando através do ano). A título de indicação, "-" indica a inclinação do eixo de rotação do Sol para LESTE (à esquerda); o "+" indica para o OESTE (à direita). O valor "0" zero indica a perpendicularidade do eixo de rotação e correspondência com o MC (meridiano central). Essas ocasiões só têm lugar em JUNHO e DEZEMBRO.
