C/1969 Y1 Bennett

Um resgate histórico desse cometa foi publicado na edição do Boletim Observe! Março de 2020. Ronaldo Mourão informou que esse cometa foi "descoberto visualmente em 28 de dezembro de 1969 como um objeto difuso de magnitude 8,5 na constelação de Tucana (Tucano) a 24° do pólo Sul, pelo astrônomo amador sul-africano John Caister Bennett... com um Moonwatch de 12cm de abertura e um aumento de 21 vezes... No Brasil, observamos e fotografamos o cometa pela primeira vez em 10 de janeiro de 1970, antes do pôr-do-sol como um objeto de magnitude 7 e 8. Entre 15 a 20 de janeiro sua magnitude foi estimada em 7,5 a 6,5, observamos dua cauda de tipo I (retilínea) com 30 minutos de comprimento. Por ocasião de sua passagem pelo periélio observamos que o cometa atingiu magnitude 0,7 em 20 de março, quando a sua cauda gasosa tipo I era quase tão brilhante como a cauda de poeira que, segundo nossa estimativa, ultrapasou 20° de extensão. Medimos sua cabeça em 5’ e o seu núcleo em 0,2 a 0,4 minutos. Tendo em vista a distância do cometa à Terra, 104 milhões de km, no momento estimamos que a sua cabeça era de 140.000 quilômetros, e sua cauda, de 20°, de cerca de 38 milhões de quilômetros. Seu núcleo apresentava-se com jatos em espiral facilmente visíveis com a equatorial de 46 cm do Observatório Nacional, como foi observado por R. R. de Freitas Mourão". Outros registros no Brasil foram feitos por Nelson Travnik (Juiz de Fora/MG), Luiz Eduardo. Machado (Rio de Janeiro/RJ), Vicente Ferreira de Assis Neto (São Francisco/MG), Jorge Polman (Recife/PE) e José Manuel Luís da Silva (Curitiba/PR). Até o momento apenas duas estimativas de brilho feitas por José M. Luís da Silva foram recuperadas e aparecem no gráfico abaixo.