Elementos orbitais
MPEC 2024-F34 Época
Periélio
Distância do periélio (q)
Excentricidade (e)
Longitude do periélio (w)
Longitude do Nodo Asc (W)
Inclinação (i)
Período (P)2024 Jan. 31,0
2024 Abr. 21,1238
0,780778 ua
0,954622
198,9891°
255,8559°
74,1915°
71,3 anos
Parâmetros fotométricos
Ho = 5 e n = 6 (MPC)
Atualizado em 31 ago 2024
Esse cometa periódico da família do Halley tem seu periélio calculado para o próximo ano e deve atingir um máximo brilho de magnitude 4,4 em abril de 2024.
Ronaldo Mourão nos informa em seu Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica que o cometa foi “observado pela primeira vez pelo astrônomo francês Jean-Louis Pons (1761-1831), no Observatório de Marselha, em 20 de julho de 1812, entre as constelações de Camelopardus (Girafa) e Lynx (Lince)... Seu nome Pons-Brooks deve-se ao fato desse cometa ter sido redescoberto em 1º de setembro de 1883 pelo astrônomo norte-americano William Robert Brooks (1844-1921) na cidade de Nova York, na constelação de Draco (Dragão)”.
Os registros visuais mais antigos da Base de Dados de Cometas/REA-UBA são justamente desse cometa quando Luís Cruls e José Brazilício de Souza observaram em 1884. (Veja esses registros históricos).
Sua última passagem periélica foi em 1954.
Durante a primeira quinzena de julho de 2023 seu brilho seguia as efemérides de forma regular em torno da 17ª magnitude.
No entanto, observações feitas em 20 de julho de 2023 indicaram um significativo salto de brilho (outburst) da ordem de 5 magnitudes. Observadores visuais conseguiram detectar o cometa brilhando em torno de magnitude 11,5 porém com aspecto pontual, de modo que era possível discerni-lo por meio de instrumentos com abertura superior a 90 milímetros em céus limpos.
Elek Tamás (Observatório de Harsona, Hungria) foi o primeiro a detectar o outburst.
No website do COBS também havia o registro visual de Piotr Guzik (Polônia) apontando para o brilho de magnitude 11,4 e usando binóculo 25x100.
Na segunda quinzena de julho de 2023 o Cometa 12P/Pons-Brooks se encontrava a 3,89 ua (581 milhões km) do Sol e 3,57 ua (534 milhões km) da Terra.
Ele estava disponível na constelação do Dragão, cerca de 5 graus a nordeste de gamma Draconis e se situar cerca de 1 grau de ksi Draconis no início de agosto. Essa posição era favorável aos observadores do norte e nordeste do Brasil. Para as demais regiões do Brasil, a altura do cometa não ultrapassava 20 graus mesmo durante sua passagem meridiana.
Em 5 de outubro de 2023 diversos observadores detectaram um novo outburst desse cometa, sendo avaliado entre as magnitudes 11,5 e 12,0. Ao longo do mês de outubro de 2023 o cometa diminuiu sua distância à Terra de 3,06 ua (458 milhões km) para 2,88 ua (431 milhões km). No mesmo intervalo sua distância ao Sol diminuiu de 3,04 ua (454 milhões km) para 2,75 ua (411 milhões km).
Em outubro o cometa era visível imediatamente após o pôr-do-sol, nas proximidades da estrela iota Herculis, cenário favorável ao hemisfério norte ou aos estados brasileiros situados mais ao norte.
Em 14 de novembro de 2023 diversos observadores detectaram outro outburst significativo desse cometa, sendo avaliado entre a 9ª e 10ª magnitude. Curiosamente esses valores são consistentes com os parâmetros fotométricos H0 = 4 e n = 3,2 calculados em 2020 por Daniel Green (apud Meyer, 2011, ICQ 33, 115-127).
Ao longo da segunda quinzena de novembro de 2023 o cometa diminui sua distância à Terra de 2,75 ua (412 milhões km) para 2,59 ua (388 milhões km). No mesmo intervalo sua distância ao Sol diminui de 2,57 ua (385 milhões km) para 2,38 ua (356 milhões km).
Nesse ínterim o cometa continua visível imediatamente após o pôr-do-sol, nas proximidades da estrela theta Herculis, se deslocando para a constelação de Lira nas proximidades de Vega, cenário favorável ao hemisfério norte ou aos estados brasileiros situados mais ao norte.
Mais informações sobre o Cometa 12P/Pons-Brooks estão disponíveis no Anuário Astronômico Catarinense 2024 e foram apresentadas durante o 4º Encontro Brasileiro de Astronomia em 8 de dezembro de 2023.
A partir da última semana de janeiro seu brilho era avaliado entre a 8ª e 9ª magnitude enquanto transitava parte da constelação de Cisne - posição favorecida ao hemisfério norte.
Em 7 de março de 2024 Nerci Flückiger e Willian Souza prepararam essa imagem.
Em 15 de março seu brilho foi avaliado entre a 5ª e 6ª magnitude e ingressou em Peixes, sendo visível imediatamente após o pôr-do-sol e numa altura de apenas 5°: esse cenário já permitiu ser observado nas regiões norte e nordeste do Brasil com muita limitação.
Em 31 de março ele se situou apenas 0,5° da estrela Hamal (α Arietis), brilhando na 5ª magnitude e ainda disponível para as regiões norte e nordeste do Brasil.
No anoitecer de sábado, 6 de abril de 2024 o cometa foi observado visualmente por José Guilherme de Souza Aguiar (Campinas/SP) e com brilho avaliado em magnitude 3,7 usando binóculos 25x100.
Além das páginas do Anuário Astronômico Catarinense 2024, outras informações estão disponíveis na edição do Boletim Observe! Maio de 2024.
Entre os dias 10 e 15 de abril ele passou cerca de 4° a sudoeste de Júpiter.
Na segunda quinzena de abril ele passou a ser visível também nas demais regiões do Brasil, brilhando em magnitude 4,5, porém imediatamente após o pôr-do-sol.
Seu periélio ocorreu na noite de 20-21 de abril de 2024 quando atinge 0,78 ua do Sol (116,8 milhões km). No dia 2 de junho de 2024 ele passa mais próximo da Terra numa distância de 1,54 ua (~231 milhões km).
Em 10 de junho o brilho do cometa aumentou em cerca de 1 magnitude sendo avaliado na 6ª magnitude.
Veja os registros feitos no Brasil.
A curva abaixo foi obtida por meio da fórmula
m1 = 5 + 5 log D + 10 log r (MPC)
©2007 Yoshida - soft Comet for Win
A curva abaixo mostra as observações visuais feitas no Brasil em relação aos periélios de 1884 (pontos vermelhos) e de 2024 (pontos pretos)
A curva abaixo mostra as observações visuais feitas no Brasil em relação à magnitude e à distância heliocêntricas: 1884 (pontos vermelhos) e 2024 (pontos pretos)
Órbita: o diagrama abaixo mostra a órbita e as posições do cometa e da Terra na data do periélio. (©2002 JCRuig - soft Orbitas)
Como reportar suas observações!
As observações deverão ser preenchidas na seguinte ordem:
Nome do cometa
Data e hora TU
magnitude da coma (m1)
método usado na estimativa
carta celeste usada (ou fonte de magnitudes)
caracteristicas do instrumento, aumento
diâmetro da coma (em minutos de arco)
grau de condensação da coma
tamanho da cauda (em graus)
Angulo de posição da cauda
Observadores que desejarem enviar no formato ICQ poderão assim o fazer.A submissão de imagens devem seguir um formato apropriado.
As observações e fotografias devem ser enviadas para costeira1@yahoo.com
As informações desta página, salvo outra indicação, são ©2023-2024 Costeira1 (Cometas/REA e Cometas/UBA)