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DINÂMICA METEOROLÓGICA |
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Na observação telescópica, a análise
da atividade meteorológica marciana é o trabalho mais importante. Durante o início do período de observação marciana será inverno no hemisfério norte e verão no hemisfério sul. A Capa Polar Sul (verão) estará em rápida retração. O solstício foi em 17/08/2005, momento em que se iniciou o inverno no hemisfério norte e o verão no hemisfério sul. O próximo equinócio será apenas em 22/01/2006 (início de outono no hemisfério sul e início de primavera no hemisfério norte marciano). A primavera e o verão do hemisfério sul marciano são geralmente secos, pois o degelo da Capa Polar Sul não libera tanta água como a Capa Polar Norte, que é mais rica em água. Por isso, a atividade de nuvens de natureza aquosa e de gás carbônico será reduzida no hemisfério sul. As famosas neblinas de limbo, nuvens localizadas tendem a ser reduzidas nesse período. No hemisfério norte, pode-se procurar as nuvens orográficas nas regiões de Tharsis e Elysium, embora nessa época do ano marciano elas deverão estar mais fracas de brilho. As manchas brilhantes superficiais, formadas de geada, poderão ser vistas. Elas formam-se no frio da noite, giram com o planeta, sublimam com o calor do Sol e desaparecem até meio dia. As regiões mais freqüentes são: Hellas, Argyre I, Elysium Mons, Olympus Mons, Cydonia, Tempe Fossae, Claritas e na cratera Huygens. |
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GLOSSÁRIO: A) NEBLINAS DE LIMBO (em inglês: Limb Haze): aparece
como um arco luminoso no limbo nascente ou poente do planeta. É causada
pela visão oblíqua da atmosfera marciana com seus aerossóis
suspensos: cristais de gelo do tipo cirros, cristais de CO2, poeira fina ou
a mistura desses componentes. Eles desaparecem entre 8 ou 9 horas ou surgem
às 16 ou 17 horas locais de Marte. Quando eles estão altos são
melhor visíveis com B) NUVENS DO LIMBO (em inglês: Limb Cloud): É a condensação maior de uma neblina, tornando-as mais brilhantes e visíveis mesmo na ausência de filtros. Elas são comuns no amanhecer, podem se estender um pouco além da borda planetária e desaparecerem após o nascer do Sol. Existe um tipo de nuvem do limbo que é também notada próxima ao terminador de Marte e é conhecida como nuvens da manhã e da tarde. As nuvens da manhã, às vezes, são cerrações associadas à geadas próximas ao limbo matinal. Assim são melhor vistas em filtros azul esverdeados, azuis e até mesmo no amarelo. A cerração dissipa no meio da manhã, enquanto que a geada pode persistir na maior parte do dia, dependendo da estação. As nuvens da tarde geralmente são maiores e mais numerosas que as nuvens da manhã. Elas aparecem como manchas brilhantes isoladas sobre regiões desérticas claras no final de tarde e tendem a crescer com o anoitecer. São melhores vistas em filtros azuis. C) NUVENS OROGRÁFICAS: São manchas brancas
e discretas que surgem no alto das montanhas, principalmente nos vulcões
da região de Tharsis e Elysium. Em 1997, as nuvens orográficas
do vulcão Olympus Mons apareciam como um leve floco de neve, no meio
do disco planetário, visível mesmo sem o uso de filtros (veja
a revista Sky & Telescope de setembro 1997, página 102). Quando
vistas no poente, essas nuvens brilhavam tanto que atingiam valores fotométricos
de 0,2. Porém, em 1999, as nuvens orográficas de Tharsis estiveram
mais escuras que as de Elysium. |
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Nuvens Orográficas em Marte_Imagem. Por N. Falsarella. D) NUVENS DE POEIRA E TEMPESTADES DE POEIRA: São de formação rápida, mas demoram semana ou meses para se dissiparem. Elas se deslocam e causam redução da definição das marcas escuras do planeta. Podem ser precursoras das grandes tempestades de poeira. Elas surgem normalmente em Solis Lacus, Hellas-Noachis, Isidis, Chryse e Casius-Aetheria. São melhor visíveis em filtro laranja ou vermelho. Se o formato costumeiro das manchas de albedo deformarem-se em relação aos dias anteriores e se também haver um realce no brilho, quando visto através de filtro vermelho, pense em poeira ou até tempestade de poeira. E) NUVENS LOCALIZADAS OU DISCRETAS:. São nuvens que aparecem em qualquer local do disco planetário. Algumas formam-se no amanhecer e outras no entardecer. Elas podem persistir por muitos dias, crescerem e moverem-se. Algumas são de natureza topográfica, surgindo em grandes planos, vales, bacias (Hellas e Argyre I) e crateras profundas. Elas são bastante intensas e brilhantes a ponto de serem vistas mesmo sem filtros. São formadas de cristais de água e poeira, muitas vezes proveniente da sublimação do gelo superficial.
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