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COTAS FOTOMÉTRICAS


MEDIDAS DAS COTAS FOTOMÉTRICAS DAS MANCHAS DE ALBEDO DA SUPERFÍCIE DE MARTE:

Existe métodos que avaliam a intensidade da tonalidade das manchas de albedo. Os valores usados nas medições são chamados de cotas fotométricas. As cotas fotométricas são feitas através de observação direta na ocular do telescópio, sem o uso de filtros coloridos. É possível haver alterações da intensidade das manchas de albedo, devido à presença de véus de nuvens imperceptíveis, cobrindo as regiões. Por isso, é necessário fazer medições dos mesmos locais em datas diferentes. Se houver alterações nas intensidade de brilho de um mesmo local, é sinal que possivelmente houve a presença de cobertura de nuvens.

Existe dois métodos de avaliação das cotas fotométricas da superfície marciana:

  1. FOTOMETRIA DE GÈRARD DE VAUCOULEURS:

Numa escala de 0 a 10, relaciona-se um valor intermediário para cada intensidade de brilho visto nas manchas de albedo marcianas. Esse é o método usado pela Rede de Astronomia Observacional (REA), uma vez que foi o método usado pelo mestre brasileiro em observação telescópica de Marte, Prof. Jean Nicolini (1922-1991).

Considera-se:

ZERO: é o valor estimado ao brilho da calota polar que esteja visível, desde que esteja livre de nuvens, poeira ou mesmo da Cobertura Polar.

DEZ é o valor dado ao escuro do céu.

Assim, as áreas claras como Hellas, Tharsis, Aeria etc, possuem valor fotométrico de 1,5 a 2,5. As áreas escuras como Syrtis Major, Acidalium mare, Tyrrhenum mare possuem valor de 6,0 a 8,0. 

  1. ESTIMATIVAS DE INTENSIDADE VISUAL DA "ASSOCIATION OF LUNAR AND PLANETARY OBSERVERS (A.L.P.O .)":

Usa-se também a escala de 0 a 10, porém no sentido contrário ao de G. de Vaucouleurs. Esse método é usado pelos observadores da A.L.P.O. americana.

Considera-se a escala:

0: escuro do céu 6: levemente brilhante

1: extremamente escuro 7: brilhante.

2: muito escuro 8: muito brilhante

3: escuro 9: extremamente brilhante

4: sombrio 10: Capa Polar.

5: pouco sombrio.