45P/Honda-Mrkos-Pajdusakova

Elementos orbitais (
MPC 84320
)
Periélio :  2016 Dez. 31.1849 TT
Distância do periélio (q) : 0.532314 UA
Excentricidade        (e) : 0.823961
Longitude do periélio (w) : 326.2808º
Longitude do Nodo Asc (W) : 89.0069º
Inclinação            (i) :  4.2502º
Período               (P) :  5.26 anos
Ho = 13.5   n = 8

Este cometa periódico foi descoberto primeiramente em 5 de dezembro de 1948 por Minoru Honda, quando o astro estava na 9a magnitude. Dois dias depois o mesmo cometa foi detectado por Antonín Mrkos e Ludmila Pajdusakova em placas fotográficas do Observatório Skalnate Pleso. Sendo um cometa com baixo brilho intrínseco (Ho ~ 13), um mês depois de descoberto já estava além da 15a magnitude. O cometa foi reobservado em sua próximas passagens periélicas em 1954. Já a passagem de 1959 não foi observado, sendo redescoberto em junho de 1964 por Elizabeth Roemer. O cometa também foi reobservado na passagem de 1969, sendo que em 21 de setembro de 1969 alcançou a 8a magnitude. Um brilho maior foi estimado na próxima aparição de 1974-75, atingido a 7a magnitude. Mourão informa que em dezembro [de 1974] o cometa foi detectado a olho nu por três observadores americanos. A passagem de 1980 também foi observada, assim como em 1990, quando novamente atingiu a 8a magnitude.
Durante a aparição de 1995-96 o cometa volta a alcançar a 8a magnitude e foi acompanhado pelos observadores José Guilherme de Souza Aguiar, Romualdo Lourençon e Vicente Ferreira. Confira estas observações.
O Cometa 45P tem seus elementos orbitais constantemente alterados em função de aproximações com o planeta Júpiter, bem como por efeitos não gravitacionais. Segundo cálculos de Kazuo Kinoshita, em 15 de agosto de 1935 o cometa passou a 0,08 UA de Júpiter provocando diminuição da sua distância periélica e diminuição do período orbital. Em 26 de março de 1986 o cometa passa a 0,11 UA de Júpiter, provocando nova diminuição da distância periélica, porém com aumento do período orbital. Esta última alteração nos elementos orbitais favoreceu a observação na aparição de 1995-96 pois naquela ocasião o cometa passou apenas 0,17 UA da Terra em 4 de fevereiro de 1996.
Em 2011 o cometa teve a melhor aproximação com a Terra desde sua descoberta. Os elementos orbitais mostram que a aproximação foi de apenas 0,06 UA (9 milhões de km) da Terra em 15 de agosto de 2011 às 05:11 EBT.

A atual aparição do Cometa 45P em 2016-2017 é favorável ao hemisfério norte, sobretudo na época de sua grande aproximação com a Terra em 11 de fevereiro de 2017 quando passará apenas 12,6 milhões de km. Como informa o Anuário Astronômico Catarinense 2016, tal distância é um pouco maior do que aquela ocorrida em 2011. No entanto, seu periélio ocorre no último dia de 2016, quando se situa a 79,3 milhões de km do Sol. As efemérides indicam que o astro inicia sua visibilidade em meados de dezembro, deslocando-se da constelação de Sagitário para Capricórnio, logo após o pôr-do-sol. Seu brilho deve passar da 10ª para a 7ª magnitude em questão de duas semanas.
Em 17 de dezembro de 2016 Marco Goiato (Araçatuba/SP) observa esse cometa brilhando em magnitude 8,7 por meio de binóculo 20x100. Já no dia 24 de dezembro, João Marcos (Belo Horizonte/MG) estimou o brilho do cometa em magnitude 7,8.
No início de março de 2017 Marco Goiato voltaria a estimar o brilho do cometa na 8ª magnitude.

Acompanhe os registros visuais feitos no Brasil.


 
Fontes consultadas:
Anuário Astronômico Catarinense 2016, de Alexandre Amorim.
Anuário Astronômico Catarinense 2017, de Alexandre Amorim.
Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica, de Ronaldo R. de F. Mourão.
Cometography, de Gary Kronk.

Efemérides: http://cgi.minorplanetcenter.net/cgi-bin/returnprepeph.cgi?d=c&o=0045P
Cartas de busca: Boletim Observe! Janeiro de 2017

A curva foi obtida por meio da fórmula

m1 = 13.5 + 5 log D + 20 log r  (MPC)

©2007 Yoshida - Comet for Win

Órbita: o diagrama abaixo mostra a órbita e as posições do cometa e da Terra por ocasião do periélio. (©2002 JCRuig - soft Orbitas)


    Como reportar suas observações!

    As observações deverão ser preenchidas na seguinte ordem:

    Nome do cometa
    Data e hora TU
    magnitude da coma (m1)
    método usado na estimativa
    carta celeste usada (ou fonte de magnitudes)
    caracteristicas do instrumento, aumento
    diâmetro da coma (em minutos de arco)
    grau de condensação da coma
    tamanho da cauda (em graus)
    Angulo de posição da cauda
 
    Observadores que desejarem enviar no formato ICQ poderão assim o fazer.
    As observações devem ser enviadas para costeira1@yahoo.com

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