C/2012 S1 ISON


                                                             Este cometa
  foi   descoberto      pela   equipe    do  Observatório        
  ISON  (International      Scientific   Optical     Network - Kislovodsk,
        Rússia),         através   dos  observadores   V. Nevski
   e A. Novichonok       (medições        feitas pelo  próprio
   Nevski junto   com    V. Savanevych),  usando    um   telescópio
    refletor    de 0,4  metros    + CCD, no dia 21   de  setembro   de 2012
  quando  o  objeto     estava  na   18a   magnitude.

Imagens da sonda SOHO (câmeras C2 e C3) sugerem que o cometa se desintegrou por volta das 17:40 TU em 28 de novembro de 2013. Uma nuvem de debris (estilhaços) continuou a trajetória sendo observada ainda por volta da 23:30 TU do mesmo dia.

Em 29 de novembro (após 12:30 TU) um press-release da NASA questiona se o objeto visualizado pela sonda SOHO após o instante da passagem periélica seja meramente um amontoado de debris ou se alguma porção do núcleo cometário sobreviveu. Análise da parte de vários cientistas patricipantes do CIOC sugere que no mínimo um pequeno núcleo permaneceu intacto.

No mesmo dia (29 de novembro), um press-release do Instituto Max Planck (Alemanha) informou que "se o núcleo do cometa ainda estava intacto no periélio ou continuou sua trajetória com um pequeno fragmento ou uma coleção de estilhaços, isto não está claro" e que as imagens obtidas no sábado, dia 30 de novembro, permitirão uma análise se o núcleo ainda existe.

Em 29 de novembro às 22:45 TU, usando imagens FITS obtidas pela câmera C3 da SOHO, Jakub Cerny realiza fotometria da "coma" deste cometa e reduz para o valor de magnitude heliocêntrica (m - 5 log D), construindo uma curva de luz. Entendemos que a queda de brilho é compatível com uma fragmentação e provavelmente o que se vê nas imagens da câmera C3 é uma nuvem de debris.

Em 1º de dezembro foi publicada o Telegrama Eletrônico da IAU (CBET nº 3731, assinatura requerida) informando que "o núcleo aparentemente se fragmentou próximo do periélio, sendo que a coma diminuiu talvez de um pico de brilho em magnitude visual -2 algumas horas antes do periélio para bem abaixo de magnitude +1 antes do periélio. M. Knight estimou o máximo brilho de magnitude -2 por volta de 28,1 TU acrescentando que a feição brilhante da coma diminuiu de brilho após o periélio de cerca de magnitude 3,1 num raio de 95" quando o cometa reapareceu após o disco de ocultação do coronógrafo da SOHO em 28,92 de novembro para cerca de magnitude 6,5 em 29,98 de novembro. K. Battams escreve que, baseada nas mais recentes imagens da câmera LASCO C3 (30,912 de novembro), não existe núcleo visível ou condensação central; e o que resta é muito difuso, muito transparente em relação às estrelas de fundo e diminuindo de brilho; parecendo basicamente uma nuvem de poeira remanescente do núcleo."

Também em 1º de dezembro, Ignacio Ferrín publicou um artigo sugerindo que o início da fragmentação do núcleo ocorreu em 13-14 de novembro de 2013.

Em 7 de dezembro de 2013 Piotr Guzik (Polônia) e J. J. Gonzalez (Espanha) detectaram visualmente os restos do Cometa C/2012 S1 ISON. Gonzalez estimou o brilho total do objeto em magnitude 7,2 e informou que "os restos visualmente se apresentam como uma área quase elíptica com um ligeiro aumento no grau de condensação e 10' de eixo maior cujo centro geométrico está localizado aproximadamente em AR = 16h 11,8m e Dec = -1° 45', cerca de 20' de separação em declinação com respeito a posição da efemérides [calculadas até o periélio]. Duas fracas estruturas em forma de leque foram observadas, uma delas com cerca de 0,3° em AP 310... as observações foram feitas em região montanhosa com boa qualidade de imagem e transparência até a linha do horizonte."

Leia mais.



Registros no Brasil

Após três tentativas frustradas, A. Amorim conseguiu detectar positivamente o cometa C/2012 S1 nas manhãs de 7 e 8 de outubro de 2013.

No dia 11 de outubro Marco Goiato detectou o cometa e estimou o brilho da coma em magnitude 10.3.

Em 13 de outubro de 2013 Joaquim das Virgens (Teresina/PI) obteve imagem do cometa usando Orion Astroview EQ + Nikon D3100 (ISO 3200, 30s exp.)
- salvo evidência em contrário é a primeira imagem do Cometa C/2012 S1 feita em território nacional.

Em 14 de outubro Joaquim das Virgens obtém sua segunda imagem (imagem em negativo).

Em 31 de outubro A. Amorim estima o brilho total da coma em magnitude 9,5 indicando que o astro mostrou-se mais brilhante do que 48 horas antes. Demais observadores do hemisfério norte, melhor localizados para acompanhar o cometa, relataram estimativas de brilho entre magnitudes 8,0 e 8,6.
No dia seguinte o brilho diminui para a 9a magnitude.
Em 5 de novembro A. Amorim estima o brilho total da coma em magnitude 8,7 usando um refrator de 70mm de abertura.
Em 9 de novembro o cometa é visível através de binóculos com grande objetiva, conforme registro de Marco Goiato, tendo a magnitude da coma avaliada em 8,4.
Em 10 de novembro Willian Souza estima o brilho em magnitude 8,5 observando desde São Paulo/SP.
Em 11 de novembro Marco Goiato detecta visualmente uma cauda de 0,2 graus usando binóculo 20x100, estimando a coma em magnitude 7,8.
Em 13 de novembro A. Amorim consegue visualizar o cometa através de um binóculo 10x50, estimando o brilho em magnitude 7,8. Marco Goiato estimou o brilho em magnitude 7,2.
Na manhã de 14 de novembro Alexandre e Margarete Amorim estimam o brilho da coma na 6a magnitude. Uma imagem de grande campo foi obtida.
Willian Souza, Reginaldo Nazar e Lucas Camargo também estimaram o brilho na 6a magnitude relatando fácil detecção do cometa.
Em 15 de novembro o cometa é detectado a olho nu por Marco Goiato (Araçatuba/SP). Nesta mesma manhã Paulo Régis e a equipe CASF obteram esta bela imagem.
Em 19 de novembro Marco Goiato e Willian Souza estimam o cometa entre as magnitude 4,8 e 5,2.
Em 21 de novembro Marco Goiato estima o brilho da coma na 4a magnitude, aplicando os métodos de correção em virtude da extinção atmosférica. O cometa não foi visível a olho nu devido a baixa altura, sendo visualizado apenas através de binóculos.

Em 28 de novembro, às 11:45 TU e 16:45 TU A. Amorim tentou sem sucesso detectar o cometa nas proximidades do Sol, usando binóculo 10x50 e proteção adequada.


Veja demais registros feitos no Brasil.


[07 dez 2013, às 16:00 TU]
Efemérides: magnitude total da coma calculada para diferentes parâmetros fotométricos

Data (05:00 HBV)
Secção de Cometas/REA
Secção de Cometas/REA
MPC
Parâmetros ->
Ho = 8,8 e n = 1,5
Ho = 7,4 e n = 3
Ho = 10 e n = 3,2
2013 nov 12
2013 nov 13
2013 nov 14
2013 nov 15
2013 nov 16
2013 nov 17
2013 nov 18
2013 nov 19
2013 nov 20
2013 nov 21
2013 nov 22
2013 nov 23
2013 nov 24
2013 nov 25
2013 nov 26
2013 nov 27
2013 nov 28
2013 nov 29
8,1
8,0
7,9
7,8
7,7
7,5
7,4
7,3
7,2
7,0
6,8
6,7
6,5
6,2
5,9
5,3
4,1
4,1
6,1
6,0
5,8
5,6
5,4
5,2
4,9
4,7
4,4
4,2
3,8
3,5
3,0
2,5
1,8
0,7
-1,9
-1,8
8,7
8,5
8,3
8,1
7,8
7,6
7,4
7,1
6,9
6,6
6,2
5,8
5,4
4,8
4,0
2,8
0,1
0,1
Efemérides do MPC no website http://scully.cfa.harvard.edu/cgi-bin/returnprepeph.cgi?d=c&o=CK12S010

As curvas foram obtidas por meio da fórmulas

m1 = 7.4 + 5 log D + 7.5 log r (nossas observações, após 14/nov)

m1 = 8.8 + 5 log D + 3.8 log r (nossas observações, até 14/nov)

m1 = 10 + 5 log D + 8 log r (MPC)

©2007 Yoshida - soft Comet for Win


Órbita: o diagrama abaixo mostra a órbita e as posições do cometa e da Terra por ocasião do periélio. (©2002 JCRuig - soft Orbitas)

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