C/2006 P1 McNaught
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Mirror-site:
 http://costeira1.astrodatabase.net/cometa/06p1.htm

 http://reabrasil.org/cometa/06p1.htm



Cometa C/2006P1 visivel em Florianópolis.

Primeiras imagens à luz do dia


15 de janeiro:

O céu nublado impede as observações em Florianópolis. Se o cometa continuar com este comportamento de brilho, a partir do dia 23 de janeiro ele passará a ser visível tanto ao anoitecer como ao amanhecer (previsão válida para Florianópolis). Espera-se que no dia 23 o cometa ainda esteja com magnitude em torno de +2 (astro de segunda magnitude, uma magnitude mais brilhante que a estrela Alfa do Indio a 3 graus de distância).
Matéria no jornal Estado de S. Paulo.
Sandro Ebone obtem mais uma imagem durante o crepúsculo.


14 de janeiro:


O cometa continua visível durante o dia, porém com brilho inferior ao dia 13 (ontem). Por volta de 11:20 TU houve dificuldade ao localizar o cometa, de modo que somente às 11:45 TU foi re-observado através do binóculo 7x50. Prontamente se verificou que o brilho estava inferior à ontem (dia 13). Não foi possível detectá-lo sem aumentos de modo que a magnitude estimada não é mais brilhante que -4. Através do binóculo 7x50 foi possivel detectar uma tênue cauda não superior a 0.1 grau em PA~80. Pelo binóculo 20x80 foi possível detectar algo como uma envolvente aberta sobre o núcleo brilhante.
Veja imagem tomada através do refrator 60mm. O planeta Mercúrio não foi detectado.
Em São Paulo, Willian Souza observou o cometa usando um binóculo 11x80.


13 de janeiro:


Na terceira tentativa, desta vez usando binoculos 7x50, às 11:20 TU, o Cometa McNaught foi observado em Florianópolis por Alexandre Amorim.
Com o binóculo montado em tripé é possível discernir uma cauda com cerca de 0.5 graus em PA 70.
A magnitude estimada inicialmente é de -4 (menos 4), no entanto este valor deve ser reavaliado assim que for comparado com o brilho de Vênus na mesma altura do cometa.
O cometa foi encontrado a cerca de 5 graus à leste do Sol, usando o beirado da residência para ocultar o clarão do sol e usando óculos de sol para diminuir a intensidade de luz.
Somente às 13:20 TU o planeta Vênus foi encontrado.
Observações a olho nu com óculos de sol para diminuir a intensidade do clarão do Sol. Vênus visível fracamente enquanto o cometa, à 5 graus do Sol, foi observado sem maiores dificultades, exceto pela pequena elongação.
Magnitude estimada: -6 . Usando 7x50B: cauda de 0.2 graus em PA 50.

Imagem tomada através do binóculo 20x80 + S60 [12mm f/8 1/1000s ISO100 12:57TU]


©2007 costeira1

Durante o por-do-sol o cometa foi observado por Amorim através de binóculos 7x50. A magnitude estimada foi de -3.0 , porém o cometa se encontrava a 5 graus acima do horizonte e não foi aplicada a correção de extinção atmosférica.
Demais observadores que conseguiram detectar o cometa durante este dia: José Agustoni (Porto Alegre/RS) e Sandro Ebone (imagem P&B)(Porto/RS), conjunção gavião-cometa.

12 de janeiro

José Carlos Diniz (Friburgo/RJ) conseguiu observar brevemente o cometa durante o por-do-sol.
O cometa segue sua magnitude em torno de -3 e continua a ser amplamente observado no hemisfério norte. Aqui no hemisfério sul alguns observadores conseguiram detectá-lo à luz do dia. Alguns relatos mostram que o cometa está com brilho inferior ao do planeta Vênus (Lovejoy, Garrad e Tabur). Novas tentativas realizadas no dia anterior em Florianópolis não obtiveram sucesso. Espera-se que amanhã, usando equipamentos apropriados, obtenhamos sucesso.
O cometa entrou no campo de visão da sonda SOHO a partir de 01:42 TU do dia 12/01/2007 e deve atravessar este campo até o dia 15 de janeiro próximo. Veja estas imagens!

Expectativas para Florianópolis:

13 de janeiro: Observadores que possuem o horizonte OESTE sem poluição luminosa devem estar atentos a partir das 20:35 HBV quando o Sol estará a 5 graus abaixo do horizonte. Neste momento o núcleo do cometa estará em seu ocaso, porém a atenção se refere a possível observação da cauda. Por esta razão recomenda-se um horizonte livre de poluição luminosa. [HBV = Horário Brasileiro de Verão]

14 de janeiro: às 20:35 HBV o Sol estará a 5 graus abaixo do horizonte enquanto que o cometa estará a 1,5 grau acima do horizonte. Sugere-se as mesmas recomendações do dia 13.

15 de janeiro: às 20:35 HBV o Sol estará a cerca de 5 graus abaixo do horizonte. O cometa estará a 3,5 graus acima do horizonte. Tal posicionamento dos astros envolvidos é semelhante ao que vem ocorrendo no hemisfério norte desde o dia 10. Por esta razão, conclui-se que o cometa já deverá ser observado em Florianópolis, logo após o por do sol. Recomenda-se o uso de binóculos de pequeno aumento (não superior a 10 vezes).

16 de janeiro: uma vez confirmando a observação positiva no dia 15, a partir desta data o cometa ficará mais favorável para a observação após o por do sol, conforme vemos o diagrama abaixo (©SkyMap & Costeira1)



11 de janeiro


O cometa é estimado por observadores do hemisfério norte entre as magnitude -2 e -3.
Abaixo está o comentário do experiente observador John Bortle sobre as condições de visibilidade de um cometa com magnitude negativa:

Em magnitude -1.5 : quando a posição precisa é conhecida, objetos deste brilho são visíveis em instrumentos de 80mm de abertura, mesmo a cerca de 5 graus do Sol. O objeto poder ser detectado através de telescópio, mas não tão "óbvio". [DEVE-SE TOMAR CUIDADOS ESPECIAIS PARA OBSERVAR EM TAL PROXIMIDADE DO SOL.]

Em magnitude -2.0 : é visível em binóculos montados em tripés, enquanto são facimente detectados através de telescópios, mesmo a 5 graus do Sol.

Em magnitude -2.5 : facilmente visíve, em binóculos montados em tripé. Dramaticamente óbvio em um telescópio modesto. A cauda poderá ser visualizada.

Em magnitude -3.0 : usando binóculos modestos de 50mm, o cometa torna-se admirável e igualmente brilhante tal como Vênus à luz do dia. O Cometa West (1976) apresentou-se neste brilho. Também poderá ser observado brevemente logo após o por-do-sol.

Em magnitude -4.0 : com cuidadosa atenção, o objeto torna-se visível à luz do dia, mesmo que a 5 graus do Sol. Telescópios poderão mostrar um desconfortável grau de brilho da região nuclear (tal como o brilho de Vênus). O cometa tornar-se-ia visível em simples binóculos em posições próximas do limbo solar.

Dave Herald (Austrália) consegue observar o cometa à luz do dia através da buscadora de 50mm (neste caso, ele teve o benefício de usar o guia automático do telescópio, apontando para a posição precisa do cometa. No entanto, a observação de Herald mostra que é possi´vel detectar o cometa com magnitude em torno de -2 a cerca de 10 graus de eleongação do Sol).

Galeria de Imagens - Spaceweather.com


10 de janeiro de 2007

      Comentário de Jonathan Shanklin (BAA Comet Section): [o valor baricêntrico original calculado por Marsden] "sugere que o C/2006P1 se trata de um "novo" cometa da Nuvem de Oort em sua primeira passagem pelo sistema solar interior. Tais cometas frequentamente brilham mais lentamente quando se aproxmam do Sol, porém ainda poderia permanecer um objeto de magnitude negativa para observadores do Hemisfério Sul quando emergir do da conjunção solar."  [The Comet Tail, Janeiro/2007 p.14].

       Tentativas feitas em Florianópolis, por volta do meio-dia, não obtiveram sucesso. No entanto nenhum instrumento foi realizado, a não ser a tentativa de detectar o objeto à olho nu. Vênus não foi detectado à olho nu, segundo dados de A.Amorim.


9 de janeiro de 2007


      O Cometa C/2006P1 é estimado em magnitude entre -1 e 0 por diversos observadores do hemisfério norte (favorecidos pelo inverno setentrional e pelo fato do comet situar-se ao norte do Sol). O cometa só poderá ser observado após o crepúsculo no hemisfério sul a partir de 15 de janeiro (em dificílimas condições), sendo melhor observado após 18 de janeiro logo após o por do sol. No entanto, se o cometa ultrapassar a magnitude -2 , existe a possibilidade de observá-lo em plena luz do dia - como já fizeram Terry Lovejoy, Robert MacNaught e Dennis de Cicco. Para observar o cometa à luz do dia é imprescindível seguir a máxima precaução pois o cometa deve alcançar uma máxima aproximação aparente com o Sol no dia 13 de janeiro (apenas observadores experientes e com equipamentos adequados poderão tentar tal tipo de observação.)

Imagem de Terry Lovejoy em 8 de janeiro (observação à luz do dia):
http://www.pbase.com/terrylovejoy/image/72783444

Imagens de Vidar Martisen (Noruega)

Posições dos objetos válidas para as 13:00 HBV (15:00 TU), Florianópolis:
Atente para os pontos cardeais e as distâncias angulares entre o Sol, cometa e Vênus.
Tal simulação será útil caso o cometa venha a ultrapassar magnitude -4 (brilho equivalente ao planeta Vênus).
©SkyMap & Costeira1

dia 13

dia 14

dia 15

dia 16


7 de janeiro de 2007


      O Cometa C/2006P1 ainda é visível no hemisfério norte logo após o por do sol, porém muito baixo no horizonte. Alguns observadores conseguiram detectá-lo sob tais condições. As estimativas visuais colocam o cometa em magnitude 0 a 1 (astro de 1a magnitude). Sensacional foi a observação do australiano Tery Lovejoy que obteve uma imagem do cometa EM PLENA LUZ DO DIA no dia 7 de janeiro: http://www.pbase.com/image/72716955

      Em vista disso, é importante mantermos a vigilância mesmo durante o dia, caso este cometa venha a atingir um brilho suficiente para observá-lo à luz do dia.

      No dia 13 de janeiro o cometa estará mais próximo do Sol, a cerca de 5 graus. O planeta Vênus (com magnitude -4) é possível observar em posição semelhante. É ÓBVIO QUE SE EXIGE CUIDADOS ESPECIAIS para se tentar observar um objeto em tal aproximação.



      Se o cometa sobreviver a sua passagem do periélio, ele deverá ser visível no hemisfério sul a partir do dia 19 de janeiro de 2007, muito baixo no horizonte (5 graus), com magnitude 5 na constelação de Microscópio, logo após o por-do-sol. Ao longo da última semana de janeiro o cometa perde brilho, de modo que em 31 de janeiro ele deverá estar com magnitude 8.5 na constelação de Indus.
 

Efemérides obtidas(http://cfa-www.harvard.edu/iau/Ephemerides/Comets/2006P1.html)

Carta de busca: 19 de janeiro a 18 de fevereiro de 2007

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