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FOTOGRAFANDO O ECLIPSE TOTAL DA LUA ( trabalho apresentado para o Museu de Astronomia e Ciências Afins ) "Você pode e deve fotografar o Eclipse lunar. Não é necessário ser um 'expert' para fazê-lo. Procuraremos aqui dar algumas regras simples e básicas para que você tenha sucesso. Hoje em dia temos à disposição câmaras pequeníssimas, possuidoras da mais alta tecnologia. Infelizmente elas detêm poder total sobre o modo como se fotografa: determinam o foco, o tempo de exposição e a abertura do diafragma; por isso não servem para fotografias de qualidade desse tipo de fenômeno. Precisamos de uma câmara manual, se possível reflex, com controle dos parâmetros foco, tempo de exposição e abertura (ou diafragma). Caso esta câmara possa trocar de lentes, ótimo; uma tele-objetiva seria muito bem vinda. Embora não sejam imprescindíveis, um tripé e um cabo disparador ajudam a máquina a ficar estável durante as exposições em menor velocidade. Aqueles que possuam uma luneta ou um pequeno telescópio precisarão acoplar a câmara ao instrumento, de modo que ele fique colocado com se fosse a teleobjetiva da câmara. A adaptação dependerá do tipo de instrumento e deverá ser esclarecida caso a caso. Um outro ponto importante é a escolha do filme. Existem hoje no mercado várias marcas de qualidade, e não temos predileção por esta ou aquela. Destacaremos alguns aspectos técnicos: 100 e 400 ISO para filmes em negativo e 50 a 64 ou 100 ISO para filmes positivos ('slides'). A escolha dependerá da objetiva de nossa câmara: quanto mais luminosa ( maior abertura da lente) menos sensível poderá ser o filme, e vice-versa. A Lua é
um objeto grande e muito luminoso; no entanto, às vezes é causa
de frustração quando vemos os resultados fotográficos.
Isto se deve ao decepcionante tamanho da imagem obtida. Vejamos o tamanho
da imagem da Lua em um filme de 35mm, para as várias distancias focais
das lentes:
Agora que sabemos sobre a câmara adequada, conhecemos o tamanho estimado da imagem, temos um tripé (ou um apoio sólido e um cabo disparador) e um filme de sensibilidade adequada para a nossa lente, podemos iniciar nossos procedimentos para fotografar o eclipse. Durante o eclipse,
a Lua inicialmente mergulha no cone de penumbra e, depois, no cone de sombra
da Terra indo de um brilho intenso para um brilho mais apagado (penumbra)
e, em seguida, passando à totalidade (umbra). É desejável
que documentemos cada uma dessas fases; elas são longas e nos dão
tempo para preparar a câmara e ajustar parâmetros (foco no infinito,
diafragma e velocidade de acordo com as tabelas abaixo, as quais servem como
referência). Para melhores resultados devemos fazer exposições
variadas, acima e abaixo do recomendado pelas tabelas, e fechar o diafragma
um ponto. Nós organizamos três tabelas, uma para cada sensibilidade
de filme, conjugando abertura com tempo de exposição a ser empregado
em cada fase do eclipse. FILME
DE 400 ISO
FILME DE 100 ISO
FILME DE 50 - 64 ISO
Algumas sugestões: Um lugar afastado
permitirá melhores resultados, pois não haverá interferência
da iluminação pública das grandes cidades; Espero que estas dicas sirvam para ajudá-los a documentar este belo e raro fenômeno. José Carlos
Diniz |
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